Isso que faz Não dizer Teu nome
folha à folha
escrevo
luz
poeira de estrela
soprada em teu corpo
pelos signos que habito
devaneio de vento
encanoa
linha
no horizonte
para existir
em teus olhos
acendo
tuas retinas
e desejo
pulsar
quase fogo
quase chama
na artéria elemental
sulca rasga verte
brasa no tempo
acende
de novo luz
tudo em mim
é não dormir
tenho sede
desejo
folha à folha
manchas de água
estendem braços
nos lençóis brancos
seixos e folhas
para tuas mãos
pulso e hálito e quente
e te seguro
com avidez
não me entrego fácil
Qual é a parte
da tua estrada
No meu caminho?
2 comentários:
Folha á folha, página à página. mas lembrou meio Folhas de Relva. Sei lá
Que coisa mais linda...! De um lirismo ímpar, forte e delicado ao mesmo tempo. Lembrei-me de Zeca Baleiro, e de suas imagens , fortíssimas tb. Fiquei sem palavras... Logo eu, tão loquaz...rs
Tati
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