Assim
A pele
devorada
carne morta abrasa
caligrama a existência
sem o cheiro da dor
não sabe respirar
que pesar
deverei grafar
com o nome da tua carne
forjada na voragem
na fome do que seríamos
nós?
continuidade dos avessos
arrancaria com prazer
nos dedos
a víscera crestada
que te devolvesse
sentido
de respirar em mim
conspiro segredos
escondo no signo
o nada
centro do labirinto
meu coração esfinge
oculta fronteira
dentro e fora
tempo em que sou
metáfora no impossível
vazio-silêncio
uns dias me perco
uns dias me encontro
paradoxo duplo
de continuar
na tessitura
da tua pele que arde
minha febre
de fera
no estio e deságua
resseca teu abandono
em mim.
5 comentários:
e o que que eu, um mero mortal poderia dizer? Tua poesia é foda.
Tem como falar da tua poesia? É EVIDENTE que não... tantas as coisas, tantos os signos... Existe uma mar infinito de possibilidade. Tua poesia inflama, faz doer... Tem cheiro, gosto... Tem sangue e suor. Tua escrita rasga minha sensação de real.
Esse poema rasgou meu peito. Meu coração ficou à mostra, em contato com o sentir do poema. Forte pra caramba, viu?
Atualiza... Entrei, mas não tem nenhum texto novo. É claro que os "velhos" sempre merecem uma nova leitura, um novo comentário. Tua escrita madura dentro de nós (leitores)
beijos
Olá professora (ou deveria dizer poetiza?)
Sou o Rafael do 4º período, faço literatura brasileira III
São ótimas as suas poesias! Gostaria que desse uma olhada no meu poema Dadá... (remasterisado, corrigido e editado)
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