Labirintos guardam enigmas dobrados sobre outros. Mal saimos de um labirinto e esquecemos o instante que sentimos o vazio nos interstícios das dobraduras. Centro do labirinto, lugar onde a vista abarca a multiplicidade de avessos.

quinta-feira, setembro 29, 2005

Sem Silêncios Sem Ardis

Há dias sem palavras
Silêncio
Confunde
Semas

Há dias de palavras
Ruído
Dessarruma
Sêmem

Machos se cismam
fecundar
sumo
mosto

no doce pêssego
o veneno oculto
na semente

Dias de palavras
Açúcar
para ocultar
a desumanidade
na hipócrita meiguice

2 comentários:

Anônimo disse...

Essa só dá pra entender depois do que você fez lá no seu perfil. Ah! eu não sei comentar. O Cazuza é demais aí eu entendi.

Nira

Igor disse...

Realmente há dias sem palavras, e algumas vezes há palavras sem dias, aquelas palavras que te fazem pensar, refletir...
Com a corrida do dia-a-dia não as escutamos... ou essas vêm com certo ruído, com uma certa falha.
O melhor a fazer: falar? Não creio. O melhor é sabermos o que ouvir.

Viajei um pouco no poema... mas é que me despertou essa reflexão :)